terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Bitter farewell

Sabe, éramos um tripé – como sempre dizíamos. Repentinamente você se foi para bem longe. As nossas aventuranças, nossas risadas, a sua risada. Nós três, um só. Agora somos só dois em teu aguardo, minha querida amiga. Uma espera angustiante pela tua volta. Volte, é o que peço.

Não me sentia aflito dessa forma estranha há muito tempo. Minhas lágrimas desceram quando percebi que não a veria tão cedo. O elo que criamos é tão forte que ainda o sinto em meu interior pulsando, clamando por ti, Deboraht.

Eu queria poder dizer à bientôt como costumava ser. Como eu queria. Mas simplesmente não posso... o que posso dizer é au revoir, ma chérie. Au revoir.

Minhas palavras não são de despedida, são de esperança. Espero que não nos deixe por completo.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

As semanas não passam

As semanas não passam. O calor dessa cidade as faz assim: semanas eternas. Mas talvez não seja apenas isso. O amar-e-não-ser-amado dos meus dias tornam as semanas cada vez mais longas.

Amor... substantivo que deveria ser singular na prática. Talvez assim a angústia de viver fosse menor.  Amor. Ódio. Amor e ódio. Vivo na dialética de ambos sentimentos.

Amar... verbo que deveria ser intransitivo. Talvez assim eu fosse mais feliz, sem necessitar de alguém para me completar. O infortúnio é que conjugo esse verbo na primeira pessoa: eu amo. Aonde está a terceira pessoa? Ele não ama. Não é recíproco. Aliás, quem é ele? Não sei. É só ele, sem identidade.

domingo, 5 de dezembro de 2010

L'essentiel - Parte II

Uma outra coisa fundamental para Vitor era um esporte. Um único esporte específico. Sentia-se em êxtase quando praticava Tênis.
A raquete era como uma extensão de seu braço. Corria… seu coração dispara aos poucos, sua respiração ofega. A felicidade era nítida em sua expressão facial! Quando a raquete, em um movimento rápido e direto, toca a bola e a lança… ah, naquele instante a produção de betaendorfina em seu organismo está a todo vapor! Sente um prazer espiritual e corpóreo. É indescritível.

L'essentiel - Parte I

Violino. O maior dos amores musicais do Vitor. Ah… Violino. Como o adorava! Havia ali uma relação intrínseca. Quando ele tocava, o som doce e afinado entrava em conexão com sua alma. Os dois viravam um só.
Aquele instrumento tão belo e delicado apoiado em seu ombro… o som adentrando seu inconsciente… ele fecha os olhos e sente a melodia. Não se lembra de mais nada, não existe mais nada. A única coisa que importa é o Violino.
Não mais consegue viver sem ele.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

E agora, Drummond?

Questionando,
duvidando.
E agora, José?
E agora, Drummond?
Em nada acredito,
em nada confio,
tudo passa,
nada fica,
tudo irrita,
nada sobra.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Rotina contemporânea

Insulta,
sente preconceito,
discrimina,
ofende.

Assiste novela,
vai às compras.

Continua assim!
Vida pacata.
Vida imbecil.
"Ignorance is bliss."

domingo, 28 de novembro de 2010

Pensamento breve

Para quê viver?
Nascer é sofrer,
viver é sofrer,
morrer é prazer.
Prazer?
Prazer.
Prazer de se libertar,
de sair desse labirinto.
“Humano, demasiado humano”,
filosofia para a vida.
Desiludido sou,
sexo, drogas e rock n’ roll.